sábado, 7 de julho de 2012

Vanity Fair...

Lançado no Brasil como 'Feira das Vaidades', eh um filme para cinéfilos e uma otima dica para uma sessão pipoca de fim de semana, garimpei e uni varias informações interessantes sobre o filme e aih vai ;) 




Ficha Tecnica 








         Abaixo, artigo de arquivo do 'Cinema Uol'


""Feira das Vaidades" mostra mundo feminino no século 19 "

Por Kirk Honeycutt


"HOLLYWOOD (Hollywood Reporter) - Não é fácil fazer a versão cinematográfica de um clássico de 900 páginas. Mais difícil ainda é uma cineasta transformar essa versão em seu próprio filme. Pois Mira Nair consegue a façanha com "Feira das Vaidades", que entra em cartaz na sexta-feira.
O longa traz uma nova e enérgica visão do romance de William Makepeace Thackeray, temperada com especiarias indianas. Sim, há tramas demais e personagens demais para um filme de época. A história salta de modo compulsivo, e os personagens são retratados em golpes de pincel em vez de ser mostrados de forma meticulosa e precisa.
Mas não importa. O espírito da mais moderna das heroínas do século 19, Becky Sharp, continua intacto.
Os tradicionalistas, sem dúvida, criticarão os toques de "Bollywood", mas será que alguém ainda quer ver outra tradução anêmica e literal de Thackeray na tela?
O romance de Thackeray, que acontece durante as Guerras Napoleônicas, mostra a vida de duas mulheres que se encontram pela primeira vez em uma escola para damas. As versões cinematográficas costumam dar atenção a Becky, um modelo de feminismo bem antes de tal termo existir, e de longe o personagem mais interessante.
Interpretada por Reese Witherspoon, Becky, apesar de ser uma alpinista social e uma maquinadora de primeira, atrai a simpatia. Naqueles tempos, as mulheres tinham poucos recursos além do casamento e da fraude para cruzar as fronteiras de classe proibidas na sociedade inglesa.
Becky sabe o que está fazendo, mas se apega teimosamente a um código moral, embora ele não seja apreciado pela maioria das matronas da sociedade da época.
O primeiro plano de Becky e de sua melhor amiga, Amelia Sedley (Romola Garai), fracassa. Amelia quer que Becky lace seu rico, mas fraco irmão Jos (Tony Maudsley), enquanto ela própria já escolheu o capitão do exército George Osborne (Jonathan Rhys Meyers). Só que George convence Jos a não se casar com uma órfã sem um tostão.
Becky consegue, então, um emprego como governanta na casa da família Crawley e se casa com Rawdon (James Purefoy), o segundo filho de Sir Pitt Crawley (Bob Hoskins). Quando a irmã de Sir Pitt, Mathilde (Eileen Atkins), fica sabendo do casamento, Rawdon, um jogador compulsivo, é expulso da família.
Enquanto isso, George se casa com Amelia, mas apenas para aborrecer seu pai (Jim Broadbent), um rico membro da emergente classe de mercadores. George morre na batalha de Waterloo, enquanto Rawdon sobrevive. A essa altura, as duas mulheres estão grávidas.
Amelia tem seu filho, mas seu sogro deixa os dois na miséria. Becky também tem um garoto. Mas, como o pai do seu filho continua se endividando no jogo, Becky termina por achar um protetor no poderoso Marquês de Steyne (Gabriel Byrne). Enquanto na versão de Thackeray ela vira sua amante, na de Nair Becky mantém sua inocência.
Rawdon abandona o lar, e Becky vai para o continente, onde anos mais tarde encontra tanto Amelia quanto o irmão desta, pondo um fim à história. Aqui, mais uma vez, Nair muda a trama de Thackeray. Enquanto o romance faz de Becky uma viúva, que no fim realiza seus sonhos, embora a um preço alto, a Becky de Nair foge para a Índia com Jos para um casamento pomposo.
TOQUES DE ÍNDIA
A "indianização" de "Feira das Vaidades" feita por Nair não é sem justificativa. Na verdade, Thackeray nasceu em Calcutá, onde seu pai trabalhou para a Companhia das Índias Orientais.
O mundo social que ele descreve com olho tão crítico em "Feira das Vaidades" era um mundo de excessos, tornado possível pela colonização britânica e a consequente ascensão da classe média. As influências asiáticas, africanas e indianas atingiam a sociedade londrina conforme o Império se deparava com culturas e povos que não compreendia.
O elenco escolhido por Nair é esplêndido. Witherspoon faz justiça ao papel saboroso. Hoskins consegue mostrar um senso delicioso para a comédia no papel do idiossincrático Sir Pitt. Byrne tem a mistura exata de altivez e desdém pelos colegas aristocratas. Atkins está muito engraçada como a hipócrita tia Mathilde, enquanto Broadbent sugere um orgulho presunçoso como o moralmente obtuso Mr. Osborne.

Não foi feita nenhuma tentativa para envelhecer os atores. Eles só aparecem em trajes diferentes, especialmente ricos. O cenário e a fotografia são fortes o bastante para evitar aquela aparência de minissérie televisiva que tantos longas de época britânicos ganham." 


(Artigo acima da fonte: http://cinema.uol.com.br de 12/01/2006)









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"Não se nasce mulher: torna-se."
(Simone de Beauvoir)

Obrigada pela visita
AC. Lara

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